TY - JOUR AU - Calafate, Luís AU - Calafate, Sara Cesariny PY - 2021/07/07 Y2 - 2024/03/28 TI - Alguns contributos das Neurociências para a Educação: Os ambientes enriquecidos aumentam a capacidade de aprendizagem do nosso cérebro? JF - [RMd] RevistaMultidisciplinar JA - RMd VL - 3 IS - 2 SE - Artigos DO - 10.23882/NE2145 UR - http://revistamultidisciplinar.com/index.php/oj/article/view/64 SP - 25-39 AB - <p>A reflexão e a discussão sobre o papel da especificação genética e da experiência na aquisição de uma função e no desenvolvimento de um indivíduo traduz um debate fascinante e muito atual entre quem trabalha na área do desenvolvimento do comportamento. Acerca do desenvolvimento do comportamento humano e da influência da herança biológica e do meio ambiente estabeleceram-se posições desencontradas e, por vezes, exclusivistas. De um lado, os adeptos da herança genética excluem a possibilidade da influência do meio ambiente. Do outro lado, os adeptos do meio ambiente excluem a herança genética. Existe também uma posição eclética, conciliando ambos os extremos. Além disso, no âmbito das próprias tendências surgem matizes diferenciadoras. Trata-se, portanto, de um assunto bastante polémico ao qual dedicamos este trabalho numa perspetiva das Neurociências. Abordaremos a neuroplasticidade cerebral como a capacidade que o sistema nervoso possui de mudar e adaptar-se, em resposta a estímulos internos e externos, induzindo alterações estruturais e / ou funcionais, ao longo da vida. A plasticidade cerebral constitui um dos pilares dos processos de aprendizagem e de memória. Quando se aprende e se memoriza ou quando se descobre algo desconhecido, a nova experiência deixa uma marca que se traduz em alterações no cérebro. Em suma, o papel das Neurociências no domínio das Ciências da Educação vai ganhando corpo e o conceito de neuroplasticidade é uma condição sine qua non para se tentar estabelecer uma ligação entre a educação, o comportamento e o cérebro.</p> ER -