Recebido: 15-10-2022 | Aprovado: 21-12-2022


O empreendedorismo na Educação Básica como força mo-tivadora no desenvolvimento do protagonismo e de demais competências técnicas e comportamentais

Lucas Briquez, Teia Multicultural, Brasil (lucaspiacentini@teiamulticultural.com.br)

 

Como citar este artigo:
Briquez, L. (2023). O empreendedorismo na Educação Básica como força motivadora: no desenvolvimento do protagonismo e de demais competências técnicas e comportamentais. RevistaMultidisciplinar, 5(1), 163–180. https://doi.org/10.23882/rmd.23124

 

Resumo: Neste artigo será apresentada uma explanação acerca do empreendedorismo na escola, tendo em vista o jovem que será formado num processo em que se busca gerar nele certa transformação, para que, exercendo um papel de protagonista na sociedade, possa transformá-la também. Ou seja, a proposta é que através do estudo do empreendedorismo na escola os jovens surjam como agentes de transformação e protagonistas de suas próprias jornadas de trabalho, dando os primeiros passos rumo as construções de suas carreiras. Primeiramente, será discutida a natureza do empreendedorismo em si, a sua importância na sociedade, no país como um todo. Será destacado o papel que o empreendedorismo tem no Brasil, onde a juventude é vista como elemento social não só para a construção de um futuro, mas no estabelecimento justo de um presente que contém seus devidos desafios. Junto à tentativa de definição do que é o empreendedor, falar-se-á das qualida-des e competências que o bom empreendedor possui e que, portanto, a escola poderá desenvolver em sua pedagogia os meios de fazer emergir no jovem essas características, utilizando-se do empreendedorismo como fonte motivadora. Será discutido o fator de transformação que a educação empreendedora gera no aluno e consequentemente na sociedade em que ele agirá com senso crítico e criatividade, virtudes que já enquanto adolescente serão desenvolvidas. Por fim, citaremos o trabalho que vem sendo desenvolvido na Escola Teia Multicultural, o que nos ajudará a entender o que é esse protagonismo que é tão necessário para o jovem ter sucesso em sua vida, em seus diversos aspectos

Palavras-chave: empreendedorismo na escola, competências comportamentais, Teia Multicultural.


Introdução

Há muitas razões que apontam para um despertar do interesse pela aprendizagem e desenvolvimento do empreendedorismo entre os jovens brasileiros. O Brasil é um país jovem, vendo por um ponto de vista demográfico, e a juventude é uma fase de transição de maior dependência social para a autonomia. A concepção do empreendedorismo mostra que os seres humanos buscam dar sentido e propósito às suas vidas através da ação, daí que a prática profissional pode ser uma das dimensões centrais do amadurecimento, pois os seres humanos buscam afirmação através do reconhecimento profissional. O empreendedorismo juvenil, portanto, tem se mostrado uma forma de inserção dos jovens no mercado de trabalho e, por conseguinte, é um importante fator de desenvolvimento socioeconômico do Brasil (Gomes et al., 2014).

Atualmente, a educação básica não pode mais se limitar a transmitir conhecimentos aplicáveis apenas em provas, sem relação com problemas e necessidades reais. Há necessidade de se focar na preparação de estudantes para que sejam capazes de enfrentar os desafios do futuro mercado de trabalho, pois a sociedade contemporânea exige pessoas autônomas, com múltiplas habilidades, que saibam trabalhar em equipe e tenham capacidade de navegar por novas e complexas situações, enfrentar novos desafios e facilitar a transformação social. Neste artigo defendemos o empreendedorimo como capacitante em relação às qualidades e atributos necessários aos profissionais contemporâneos e do futuro. (Farias, 2018).

Com um ambiente propício, o desenvolvimento de competências que fomentem o empreendedorismo também é importante, pois o ambiente econômico e social se torna mais sustentável à medida que os indivíduos são capazes de inovar. A realidade brasileira apresenta desigualdades estruturais, o que torna necessário difundir o empreendedorismo, e deve-se fazê-lo por meio da criação de uma infraestrutura educacional, que promova a educação empreendedora, priorize a educação básica (infantil, fundamental e média) e internalize essa cultura. O poder do empreendedorismo também está no ensino superior e deve ser disseminado em todos os cursos, não apenas em administração de empresas, mas o foco do artigo é para a educação fundamental e básica. Desenvolver uma vertente eficiente de educação para o empreendedorismo promove indivíduos capazes de produzirem soluções e comportamentos que atendem às necessidades da sociedade (Meneses, 2020).

O gesto empreendedor é, pois, uma mentalidade, uma forma de ser e de agir, um modo determinado de situar-se no mundo em que se assume uma atitude ousada, criativa e confiante no trabalho e no dia a dia. Algo que é próprio do jovem (Souza, 2012).

Explicando, quando desejamos inovar e/ou empreender é necessário que se haja com senso crítico, pois a mudança, a quebra do status quo é motivada pela inconformidade. Ao mesmo tempo deve-se agir com ousadia e coragem, sendo estas características inerentes ao jovem em sua rebeldia. O empreendedorismo em contato com o adolescente pode direcionar essa força propulsora que o mesmo possui para realizar algo de nobre finalidade. Essa vontade de criar algo novo, mediante as novas visões que cada geração carrega pode gerar impacto positivo para a sociedade e para sua própria vida, pois ao tempo em que se desenvolve como profissional, gera valor e possivelmente riqueza para todo ecossistema que interage com sua inovação.

Neste artigo tem-se por objetivo abordar o empreendedorismo como uma potência de transformação e desenvolvimento de um espírito de protagonismo no estudante. Focaremos acerca da própria natureza do empreendedorismo, do modo como é desenvolvido na escola «Teia Multicultural», a partir da percepção de uma necessidade, de uma carência social, que gera uma oportundiade de mercado e, tendo em vista também, o tipo de cidadão que se necessita em uma sociedade que cada vez mais precisa de pessoas capazes gerar riqueza, para que possa haver uma distribuição mais equânime de recursos e possibilidades. Ao mesmo tempo vivemos em uma época onde cada vez mais se busca o senso de propósito, onde indivíduos buscam cada vez mais em seu labor a felicidade e realização pessoal, que pode ser alcançada através do ato de empreender solucionando problemas com os quais se identifica o indivíduo, gerando oportunidades onde antes existiam necessidades.

1. O EMPREENDEDORISMO
Introduziu-se o neologismo conhecido empreendedorismo através do vocabulário da Economia, das discussões feitas nesta área do saber. De acordo com o senso comum, um empreendedor é um indivíduo que pode inovar e assumir riscos na realização de um negócio. Nesse ponto de vista econômico, o conceito de empreendedorismo está relacionado à ideia de implantar e lançar negócios inovadores. Na concepção da escola humanista, o empreendedorismo está relacionado à intenção de melhorar a qualidade de vida de uma determinada comunidade em valores humanos e sociais (Pires, 2008).

Quanto ao termo empreendedor, não há consenso sobre a imagem que se pode fazer dele, no entanto, pode-se falar de muitas de suas características. Algumas das características dos empreendedores de sucesso que podem ser detectadas são: visionarismo; assertividade; determinação; dinamismo; liderança; otimismo; entusiasmo; dedicação; coragem; perseverança, entre outras qualidades. A criatividade e o senso crítico como fatores que potencializam a identificação de oportunidades. O empreendedor sabe direcionar os esforços para um objetivo focado. Boas doses de força de vontade, aliadas com a determinação: os empreendedores têm uma crença fervorosa em sua capacidade de mudar a maneira como as coisas são feitas, ambiciosos, possuem constante e renovado entusiasmo para colher o sucesso. Inquietos que são, essas qualidades têm por fundo um desejo intenso de fazer suas ações do jeito mais eficiente e eficaz que poderem, tendendo ao melhor resultado possível em relação ao impacto gerado, ao mesmo tempo que intentam o modo mais veloz e com os recursos que possuem (Gomes et al., 2014).

Claro que essas características variam de acordo com as atividades que o empreendedor exerce em um determinado momento ou estágio de desenvolvimento da empresa. No entanto, se der uma olhada na história de empreendedores de sucesso em várias épocas, pode ser observado o seguinte ponto: não perde força diante o fracasso, pois vê no tropeço uma possibilidade de aprendizagem. Também se observa a necessidade de ter uma grande capacidade de dedicação ao trabalho; auto-organização, no sentido de saber colocar-se para si metas e cumpri-las, enquanto luta contra o senso comum e os padrões impostos pela sociedade, e nessa luta, assim, acaba por diferenciar-se, e diferenciação é um elemento importante para a vitória no empreendedorismo (Ibidem, 2014).

Quando se encontra alguém que pode ser visto como um empreendedor, vê-se que se está insatisfeito com os produtos ou serviços disponíveis no mercado e assim busca melhorias; é alguém que busca superar o mercado com novos produtos e serviços. As empresas desafiam seu pessoal com novas maneiras de fazer as coisas, e, se encontram alguém com essas qualidades, tendem a valorizar tal profissional, pois o mesmo gera valor além do referente ao seu cargo ou função. Nessa mesma linha de raciocínio, é que se destaca um perfil dos empreendedores com as seguintes características: senso de oportunidade, dominância, agressividade e energia para realizar, autoconfiança, otimismo, independência, persistência, flexibilidade e resistência a frustrações, criatividade, propensão ao risco, liderança carismática, habilidade de equilibrar sonho e realização, e habilidade de relacionamento (Ibidem, 2014).

Por mais que sejam muitos os fatores e características que definem o empreendedor, não é posível nem necessário rotulá-lo. Por outro lado, esse fato mostra que ser empreendedor é algo que pode acontecer com qualquer pessoa em qualquer idade. Prova disso é que se vê hoje que o grupo dominante dos empreendedores originários no Brasil ser formado por jovens adultos, sendo que a juventude do país é mais ativa do que a média de empreendedorismo jovem em outros países. Ainda que os jovens encontrem dificuldades ao tentar entrar no mercado de trabalho, o ensino do empreendedorismo desde a adolescência pode ajudar a sanar essas dificuldades, pois ajuda o profissional a iniciar uma jornada e construção de carreira em um momento onde muitas vezes se espera que o mesmo não o tenha feito ainda. Trazer os jovens para o mercado de trabalho é um desafio, e o empreendedorismo é uma nova dimensão para absorver e qualificar essa força de trabalho. Assim, a atividade empreendedora se estabelece como alternativa à empregabilidade dos jovens brasileiros. Uma das dificuldades que os jovens enfrentam hoje, aqueles que preferem a formação ao conhecimento prático, está em se tornar empreendedores. Muitas vezes, eles têm afinidade com os negócios e dominam a teoria, mas não têm experiência. É comum na realidade atual o jóvem que entrou no mercado com uma sólida formação – MBA (Master of Business Administration), pós-graduação, em uma escola de prestígio – mas nunca trabalhou. Este, pensou que tudo seria igual ao que aprendeu na escola, mas logo percebeu que não era o caso. Alunos que não apenas conhecem o nicho, mas também se encaixam nele, esses alunos que pretendem se tornar empreendedores certamente otimizarão seu aprendizado por meio da experiência prática (Ibidem, 2014).

Para sanar isso, o empreendedorismo na infância e adolescência é bom para a formação da personalidade e do caráter pessoal, pois pode estimular e inspirar a criatividade, a assunção de riscos, a empatia e também a sua paixão, excercendo motivação, constituindo essencialmente os mesmos conceitos e características ditos anteriormente. Para os adultos, a ênfase está no desenvolvimento de habilidades e requisitos para crescimento profissional, algo que requer constante esforço e dedicação, características tais quais não faltarão ao jovem que desde cedo desenvolveu as qualidades necessárias para o empreendedorismo (Luana de Souza et al., 2021).

A sociedade começa a perceber que as grandes corporações e os países não vão mais absorver toda a mão-de-obra, e terá que mudar seu eixo econômico em favor das pequenas empresas. Assim, a sociedade agora é induzida a formar empregadores e a escola deve caminhar também neste sentido (Freire, 2011).

Um elemento importante na formação de personalidade empreendedora que não pode ser negligenciado é o aspecto do protagonismo de quem se põe a ficar à frente do gerenciamento de uma empresa, de um projeto ou da prestação de um serviço. Por isso, neste artigo serão abordados esses três aspectos que se devem levar em conta na discussão sobre empreendedorismo na escola: que são, a saber, a transformação social advinda de um maior número de pessoas entrando no mercado de trabalho com o objetivo de não depender o máximo possível do estado ou de um emprego de baixo alcance financeiro, fortalecendo assim a economia com a criação de mais postos de trabalho; o desenvolvimento de habilidades e competências técnicas e comportamentais, necessárias ao empreendedorismo mas que podem ser utilizadas em qualquer setor ou escopo de trabalho, sendo estas valorizadas pela sua necessidade; e o elemento essencial, que é o protagonismo, ou melhor, o desenvolvimento de um senso de protagonismo no aluno que irá ajudá-lo não só a ser um melhor profissional, mas um melhor cidadão em todos os níveis: familiar, cultural, etc. Nesse sentido, esses jovens revelam a importância de absorver conhecimentos nas áreas de empreendedorismo e gestão, motivando-os a continuar sua busca pela concretização de seus projetos futuros, ou seja, o jovem empreendedor retroalimenta seu processo de aprendizagem conforme se depara com novos desafios (Lima Filho et al., 2009).

2. O PAPEL DA FORMAÇÃO DO ALUNO EMPREENDEDOR NA MUDANÇA DA SOCIEDADE
Não é possível negligenciar esse papel do aluno empreendedor enquanto se forma para ocupar um espaço de protagonismo numa sociedade que cada vez mais exige que as pessoas deixem de ser passivas, que tomem à frente nas suas decisões, de modo a que se possa construir um país, unindo iniciativa privada e pública. Não é possível apenas esperar que os outros façam aquilo que se está ao alcance de fazer, e há um problema social sério quando são poucos os que são capazes de fazer. E aqui não se procura ver capacidade como algo inato, advindo da natureza, algo com que alguns nascem e outros não, graças a uma herança de sangue ou de um fruto do acaso. Nada disso, com vontade e disposição, aliado a condições favoráveis para o crescimento de cidadãos que busquem afirmar sua autonomia, pode-se fazer muito. Há inclusive uma obra que aborda a temática, Mindset: A nova psicologia do sucesso, da autora Carol Dweck (2017), que foca que a atitude e crença mental com que encaramos a vida, que chamamos de “mindset”, é crucial para o sucesso. Dweck revela de forma brilhante como o sucesso pode ser alcançado pela maneira como lidamos com nossos objetivos, a partir da concepção de um mindset de crescimento. O mindset não é um mero traço de personalidade, é a explicação de porque somos otimistas ou pessimistas, bem-sucedidos ou não. Ele define nossa relação com o trabalho e com as pessoas e a maneira como educamos nossos filhos. É um fator decisivo para que todo o nosso potencial seja explorado.

Com isso não se busca diminuir o alcance restritivo que fatores estruturais acabam por fazer que muitos não possam empreender, mesmo quando tem vocação. Por isso a afirmação do empreendedorismo escolar como forma de fazer nascer, crescer e frutificar num jovem o desejo de criar, de resolver problemas, de movimentar a economia com suas próprias mãos, de, enfim, ser um agente de transformação social, é tão importante, e é ótimo que se cresça essa consciência de que, sim, no ensino básico e fundamental se pode levar aos cidadãos jovens essa potência de autonomia, de protagonismo, de liderança e de criatividade, desenvolvendo capacidades comportamentais e tecnicas.
Como exemplo disso temos o Currículo Paulista Etapa Ensino Médio, proposto pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que traz sobre a necessidade de as escolas promoverem atividades desenvolvidas com o estudante dentro e fora do espaço escolar a fim de desenvolver as competências gerais propostas pela Base Nacional Comum Curricular (Conselho Nacional de Educação, 2018):

“1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico - cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens — verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital —, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendose respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.”

O empreendedorismo entra como forte instrumento de aprendizado para essas competências exigidas, demonstrando e validando a sua importância para o desenvolvimento de capacidades e transformação social.

É importante destacar a importância do empreendedorismo no contexto da inovação e desenvolvimento social. O aumento da capacidade empreendedora de uma sociedade não se deve ao declínio dos níveis de emprego, mas é resultado direto de novos padrões de relações sociais e políticas. A inovação e o empreendedorismo são necessários na sociedade e na economia; no serviço público e nas empresas privadas. Portanto, não é apenas uma maneira fácil de criar empregos. Os empreendedores assumem características que podem servir à comunidade. Atua-se na perspectiva social da participação em iniciativas positivas que influenciam o desenvolvimento de ações e atividades. O conceito de empreendedorismo pode ser pensado no sentido de inspirar a autorrealização e o bem-estar da comunidade através do trabalho e da ajuda à sociedade. O indivíduo, ao realizar seu trabalho, busca sua autorrealização, sua aprovação social, sua expressão como ser livre e contente com o que produz, não como uma atividade voltada para a qual não garante sua autoestima individual. Para os defensores do empreendedorismo social, não pode haver silêncio quando se trata de educar os indivíduos para inovar, criar e buscar crescer e mudar a forma como entendem o valor do trabalho (Lima Filho et al., 2009).

Não se pode deixar de mencionar o aspecto inovador, ímpeto empreendedor que podemos encontrar por trás da criação de novas ferramentas ou tecnologias que podem ajudar a construir o amanhã. Inspirados por esse mundo de possibilidades que a tecnologia oferece, muitos jovens aprendem a criar e tornar o mundo um lugar melhor à medida que atuam. Para muitos inventores, esse desejo de ajudar os outros e trazer mudanças positivas no mundo vem desde cedo.

Pois não se dá para falar em inovação sem se falar em empreendedorismo e intraempreendedorismo. Os empreendedores inovam. A inovação é, pois, ferramenta necessária para empreendedores. A eficácia que pode surgir da inovação tem a ver com elementos como simplicidade, empatia e, pode-se dizer, foco, pois se não tiver os três o que pode vir é algo sem percepção de valor e sem valor percebido não se trata de inovação. Assumir e inovar envolve lidar com todos os riscos de uma ideia, pois a inovação se baseia na capacidade de uma invenção gerar valor. Todos os riscos devem ser considerados, como fontes que precisam ser avaliadas constantemente, pois o conhecimento cria um ambiente ideal para que a inovação surja, ainda que muitas ideias inteligentes tendem a falhar. O empreendedorismo não é apenas pequenas empresas e novos negócios, é isso e mais. Envolve não só criação de algum serviço ou produto, mas a inovação em todas as áreas de um negócio. Ainda seguindo esse raciocínio, fica claro que o empreendedorismo se baseia na inovação, e não o contrário do que muitas vezes se pensa, considerando que as grandes corporações, quando eles inovam, tornam-se um bom lugar para um empreendedor crescer em um processo conhecido como "empreendedorismo corporativo". (Santos Bispo et al., 2012)

Devemos ainda focar no conceito de intraempreededorismo que muitas vezes é um pouco passado ao lado. Este conceito foi lançado na década de 70 do século passado quando um casal de norte americanos, Gifford Pinchot III e Elizabeth Pinchot, redifiram um artigo onde utilizaram o termo pela primeira vez. Mais tarde Pinchot acaba por lançar um livro, Intrapreneuring: Why You Don’t Have to Leave the Corporation to Become an Entrepreneur para aprofundar o conceito.

Basicamente, o termo está associado em encontrar oportunidades de empreender e inovar dentro da própria empresa/associação, aproveitando os colaboradores que se interessam por empreendedorismo, criatividade e inovação. Com essa nova base de apoio eles podem desenvolver novos produtos, serviços ou processos melhores.

A inovação também é declarada como uma necessidade capaz de estimular o desejo de mudança e de reinvenção, sendo considerada uma questão de sobrevivência, pois a raridade da tecnologia e dos mercados leva a mudanças rápidas e significativas nos mixes socioeconômicos e culturais, obrigando as organizações a se adaptarem. Portanto, quem não está ajustado a essa nova situação deve se preparar para resultados graduais ou imediatos. Na era do conhecimento, a inovação é uma forma de explorar momentos criativos, muitas vezes usando o conhecimento existente, juntamente com outros poucos conhecimentos para absorver novas habilidades e soluções. Esse processo envolve um ciclo. Isso inclui explorar o desenvolvimento, a produção e entre etapas (Rosa et al., 2020).

3. O PROTAGONISMO JUVENIL
O protagonismo juvenil surge como um conceito cada vez mais popular na educação. Pode ser entendido como uma estratégia que potencialmente pode proporcionar aos alunos uma atitude de responsabilidade pessoal e social. Essas atitudes devem não apenas produzir a capacidade de cooperação, levando o aluno a adquirir habilidades de conhecimento social e engajamento cívico, mas também desenvolver as qualidades que lhes permitem entrar no mundo do trabalho (Pires, 2008).

O protagonismo empreendedor é aquele que usa sua autonomia, responsabilidade e liberdade para explorar a oportunidade e concretizá-la. É a pessoa que organiza a estratégia e mobiliza meios e fins para atingir um objetivo. Pode ser um objetivo coletivo, individual ou social. Para isso, mobiliza, inspira e conquista mais pessoas para ajudar a construir esses caminhos e trabalhar em conjunto para alcançar sonhos e objetivos. Quando o protagonismo em cada pessoa é apoiado e direcionado pela empresa, todos ganham. O pensamento crítico, a ação intencional e a inovação trabalham juntos para resolver um problema ou alcançar um objetivo. É possível acrescentar aqui vários pontos de vista que confirmam esse ponto, dos campos da educação e do ensino, e até de outros campos, que inferem que a aprendizagem é mais efetiva tanto para alunos quanto para professores quando centrada na ação, nos protagonistas e no empreendedorismo estudantil. Inclui o papel do aluno como um elemento importante do planejamento do professor, bem como outros princípios que enfatizam o aprendizado ativo do aluno. É um ponto de partida poderoso para refletir sobre a reforma do pensamento, enfatizando que aprender a pensar é mais importante do que encher a cabeça de informações (Schneider, 2020).

A importância da prática na aprendizagem é essencial. O fazer em associação com o conhecimento. Estes ideais, defendidos por exemplo por John Dewey na sua corrente do pragmatismo, alertam para a relevância de aprender enquanto se pratica algo sólido, consistente, com significado e aplicabilidade. O filósofo norte-americano defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a maturação emocional e intelectual das crianças. Para ele, as ideias só eram relevantes se conseguissem ser um instrumento para a resolução de problemas reais. Dewey defendia uma educação progressiva, onde a criança era educada como um todo e o seu desenvolvimento assentava na realização de tarefas relacionadas com os conteúos ensinados. As atividades manuais e que exploravam a criação ganharam um lugar de importância no curriculum escolar sendo que os alunos passaram a ser estimulados a experimentar e pensar por elas mesmas.

Por meio de muito trabalho de aperfeiçoamento, a base que permite que se torne um empreendedor é bem plantada. A questão de os alunos serem protagonistas depende de uma construção pedagógica, é processo consciente esse de tornar alunos protagonistas. Assim, a própria natureza do que é ser aluno é transformada. Ganha-se um exercício de liberdade quando se tem um exercício de autonomia. Não é, claro, algo como o se fazer o que se queira. É questão de conhecer o seu potencial de liberdade dentro dos limites de sala de aula. Assumem a responsabilidade do que fazem, e cresce desse jeito uma autonomia, uma inteligência, uma série de qualidades (Ibidem, 2020).

Os jovens podem ver nas escolas um ambiente propício para mobilizar ações conscientes e unidas, quando encontram nelas um ambiente que seja capaz de fazer crescer a liberdade necessária para que, de forma responsável, dê a ver também o surgimento de um senso de autonomia, que permita agir de forma responsável ao se engajar nas questões escolares e sociais (Oliveira, 2020).

O engajamento escolar acontece não apenas na facilitação de encontros, congressos e treinamentos, mas também no estabelecimento de uma cultura escolar em que os jovens possam realmente mudar gradativamente a realidade em que se encontram, através de seu comportamento (Ibidem, 2020).

O professor tem um papel muito especial nessa construção de um senso empreendedor no aluno. Na verdade, a escola como um todo, com todo seu corpo de educadores. As crianças são inerentemente empreendedoras, e a principal tarefa de todos, seja como escola, como família, como adulto que ajuda a nutrir essa criança, é não aprisionar seu espírito empreendedor, mas estimulá-lo. O papel da sociedade é “desencapar” o espírito empreendedor que todos já possuem. Fazer crescer nela todo o potencial que já traz, que a sociedade precisa, que o mundo busca preencher. (Ibidem, 2020).

Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido, ao dizer que não há saber mais ou saber menos, há saberes diferentes, nos convida a refletir sobre nossa postura enquanto educadores diante dos saberes de experiência e dos saberes socialmente construídos nas relações culturais e históricas dos educandos. Ao mesmo tempo, o autor mencionado nos chama à responsabilidade de não só respeitar, mas de discutir com os educandos a razão de ser desses saberes em relação ao conteúdo dialógico. Pautados nessa concepção, objetivamos, neste artigo, refletir sobre a possibilidade de dialogar com o outro na busca pelo respeito aos diferentes saberes e sobre a possibilidade de conscientização dos educadores de que é necessário reconhecer e respeitar os saberes dos educandos e tomá-los como ponto de partida no processo de ensino e de aprendizagem. (Cezar, 2020)

4. O TRABALHO DA TEIA MULTICULTURAL
O projeto pedagógico da Teia Multicultural (2005) “tem como eixos norteadores do processo do ensino a aprendizagem da arte e do autoconhecimento. Sendo que a arte é o modo de educar, não tanto quanto matéria de ensino, mas como método de aprendizado de toda e qualquer matéria e o autoconhecimento é a maneira como estimulamos os estudantes e educadores a encontrarem suas habilidades inatas valorizando-as e, assim, fortalecendo sua autoestima de modo que percebam na sua relação com o outro que estas são questões inerentes ao ser humano – suas dificuldes e facilidades.” (Corrêa, 2018)

Ou seja, todo o projeto pedagógico visa o fortalecimento da autoconsciência e autoconfiança dos jovens, tendo sempre em conta os seus aspetos individuais. Este processo de autoconhecimento terá um papel fundamental na sua autoaceitação e é um aspeto facilitador na hora da resolução de conflitos.

Como falado anteriormente, ao utilizar a arte, principalmente o teatro e mais recentemente o cinema, há a possibilidade de aumentar o leque de aptidões dos alunos em conjunto com os conhecimentos das matérias aprendidas previamente.

Este tipo de conteúdo aproxima os alunos da cultura, desperta a sua curiosidade e envolve-os na participação de projetos. Podemos referir que a arte se torna uma motivação para os estudos, estimulando outros campos como a pesquisa por exemplo (Corrêa, 2018).

Conforme descrito no nosso projecto, este tipo de ensino, além de instrumentalizar possíveis alunos com disciplinas básicas: aprender a refletir, aprender a própria língua, aprender a matemática básica, ser capaz de redigir bem e fazer a hermeneutica de qualquer texto, dominar a informática e a ecologia, a Escola tem em seu currículo, disciplinas que envolvam sua sensibilidade e percepção: dança, teatro, música, canto, artes visuais, artes marciais, etc., proporcionando um diálogo constante entre as áreas do conhecimento, trazendo contribuições de todas as ciências para a compreensão do processo de aprender, sem redução a nenhum dos enfoques, primando pelo equilíbrio da prática e da teoria, em diversos ambientes de aprendizagem pela Escola, valorizando a participação e a voz dos alunos na resolução de assuntos cotidianos da escola também por meio de assembleias.

5. O EMPREENDEDORISMO NA TEIA MULTICULTURAL
Sendo a «Escola Teia Muticultural» dotada de metodologia própria, totalmente baseada em projetos interdisciplinares, entendem-se como projetos todos os processos que resultam na concretização de um produto final, ou seja, um processo de aprendizagem que tem o objetivo de realizar. Os projetos são coletivos e se tratam de manifestações artísticas, como citado anteriormente. O que ainda não foi citado são os projetos individuais e é neste ponto em que o empreendedorismo se encaixa: além dos projetos coletivos, semestrais e anuais, quando os estudantes se formam em um segmento devem realizar um trabalho de conclusão de curso, individualmente. Sendo, então, o primeiro grupo de formandos os estudantes que finalizam, no quinto ano, a primeira etapa do ensino fundamental, deve-se de acordo com a metodologia da escola, apresentar uma pesquisa sobre um tema de escolha do estudante, tendo ao longo dos anos surgido as mais variadas realizações. Quando o estudante se forma no segundo ciclo do ensino fundamental, no nono ano, o mesmo deve então, de acordo com a metodologia da escola, realizar um projeto individual, tomando como projeto uma pesquisa com produto final, podendo ser este um produto físico, digital ou, até mesmo em forma de serviço ou ação, tomando como exemplos a meditação guiada, a música, um desfile de moda, entre outras manifestações já ocorridas que não se enquadram perfeitamente dentro do aspecto produto, nem dentro do aspecto serviço, mas que de alguma forma simbolizam a materialização, a concretização de um processo investigativo.

A escola foi fundada no ano de 2005, com o segmento da educação infantil e do ensino fundamental. Posteriormente, em 2015, foi fundado o segmento conhecido como ensino fundamental dois, a partir de um pedido feito por um grupo de familiares, que se organizou e levantou recursos para que fosse criada uma nova unidade, a fim de que seus filhos não precisassem sair da escola ao completarem o quinto ano. No ano de 2016 eu, Lucas Briquez e a idealizadora da proposta pedagógica da escola e minha mãe, Georgya Corrêa, participamos de um evento denominado CONANE (Conferência Nacional de Alternativas para uma outra Educação), onde fomos provocados a fundarmos o Ensino Médio da escola. Iniciamos, então, no mesmo ano de 2016 um grupo de estudos que originou uma turma piloto de primeiro ano de ensino médio, em 2017 e, em 2018, formalizamos o segmento, dando continuidade ao processo. Assim como já era estabelecido que os alunos formandos realizam um Trabalho de Conclusão de Curso, no ensino médio seguimos a mesma linha, porém, esse processo haveria de ser conduzido desde o primeiro ano, para isso, trouxemos como disciplina, desde 2017, o empreendedorismo, sendo este posteriormente apoiado pelas aulas de design. Em 2020 estabelecemos que o Trabalho de Conclusão de Curso dos formandos deve ser um empreendimento, que tem como ponto de partida a identificação de um problema, uma questão social ou necessidade, e como ponto de chegada o processo de validação, a busca pela venda, pela monetização ou projeção de resultados, baseados nos atuais resultados obtidos e, sendo este, sempre individual, no sentido de ser necessário que cada aluno possua o seu. Desta forma, conseguimos realizar o processo de empreendedorismo na escola, desenvolvendo o protagonismo e demais competências técnicas e comportamentais, tendo como orientador o Currículo Paulista Etapa Ensino Médio.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se pensar que dar um assento ao empreendedorismo na educação básica pode perverter certo sentido de educação enquanto ideal formativo para sociedade, devido a uma crença de que o empreendedorismo se relaciona com o capitalismo em um aspecto do sistema que favorece a desigualdade social. Ou então, que se deixe de procurar desenvolver aquelas virtudes cívicas ou inteligências antes pensadas como desejáveis para o cidadão colaborativo, em favor de desenvolver a competitividade, ganancia e demais forças antagonicas à tudo aquilo que favorece o coletivo. Seria o equívoco de pensar o jovem apenas como uma futura peça na engrenagem do mercado, seria um equívoco enxergar o mercado de trabalho como uma esteira em linha de produção, linear, seguro e acessível. Não se deve pensar nisso, uma vez que se tem em vista tudo aquilo que foi dito neste artigo, sendo a visão de empreendedorismo aqui explanada como força que transforma a sociedade em um lugar melhor para todos que dela fazem parte, carecendo para sua realização a colaboração, tendo então sim, a perspectiva de que o combustível do empreendedorismo é o capital, ao mesmo tempo em que, aqui afirma-se que o caminho do empreendedorismo é a comunidade, o destino é a sociedade, e o veículo, o empreendedor, e a força que o faz dar a partida é a empatia.

O empreendedorismo jovem, afirmado no protagonismo do aluno, requer aquelas qualidades que outros tipos de sociedades já precisavam para ter um bom funcionamento. Aqui já foi enumerado uma boa quantidade delas, por isso não é preciso recordá-las. Mas nunca é o bastante confirmar que é possível passar ao largo de uma formação escolar que seria apenas utilitarista. Não é isso o que se procurou pensar aqui. O que se procurou pensar é que o empreendedor, articula em si em alto nível certas virtudes bem desejáveis, que já seriam, por assim dizer, cobiçadas mesmo que não se pense em atividades voltadas à criação de renda. São qualidades que servem para que o cidadão seja um bom cônjuge, um bom pai ou mãe, um bom parceiro de trabalho, um eleitor consciente do que é preciso para que se exerça seu papel com inteligência na democracia, enfim, para todos os campos possíveis de experiência humana.

Quanto mais consciente sobre sua capacidade de agir, da responsabilidade dos frutos da sua ação, até mesmo do modo como se age tendo em vista um bom fim, mais o cidadão jovem tem força moral para seguir em frente e transformar o mundo no lugar que deseja, afinal de contas, o mundo é dele e das futuras gerações. Força moral no sentido de integridade, do poder de agir ordenado quanto ao que há de melhor para os próximos, não só sua família e amigos, mas para o país como um tudo. Um mundo melhor pode ser construído com essas qualidades, exercidas com um espírito empreendedor que trará a transformação tanto do indivíduo quanto do meio em que vive. Uma transformação responsável, porque ancorada em valores. Alguém que leva à frente de si toda uma empresa, um empreendimento do qual dependem outros funcionários, outras vidas, outras famílias, é um verdadeiro protagonista. Um mundo que queremos é um mundo em que todos tenham capacidade de vencer as resistências não somente as que o próprio mundo impõe ao crescimento, mas também as próprias resistências, os próprios medos, os próprios não saberes e as próprias dificuldades, por isso e por tudo que aqui foi dito é que afirmo que defendo a educação empreendedora, transformadora e geradora de protagonismo.

 

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