O mito do ensino por estilos de aprendizagem

Qual a perceção de diferentes profissionais em contexto escolar?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23882/NE2143

Palavras-chave:

estilos de aprendizagem preferenciais, neuromitos na educação, psicólogos, terapeutas da fala, professores

Resumo

A teoria dos estilos de aprendizagem preferenciais está disseminada no campo da educação, mas já são vários os estudos, especialmente vindos das neurociências cognitivas, que concluem a falta de dados que comprovem qualquer benefício em usá-las no ensino. Neste estudo, através de um questionário, fomos verificar qual a perceção sobre os estilos de aprendizagem de diferentes profissionais a exercer funções em contexto escolar. Participaram no total 136 profissionais, entre os 22 e 68 anos de idade (M=38,5 anos; DP=10,51), sendo 95% do sexo feminino. A média de experiência profissional é de 13.8 anos (SD = 9.15). Analisámos as respostas de três grupos de profissionais, Professores (n=42), Psicólogos (n=44) e Terapeutas da Fala (n=50) e não encontrámos diferenças nas suas respostas, na medida em que, em todos os grupos, a atribuição de facto científico sobre os benefícios do ensino por estilos de aprendizagem foi acima dos 80%. Os nossos resultados vão de encontro à literatura que indica que os estilos de aprendizagem preferenciais estão difundidos no contexto escolar, com a particularidade de acrescentar que não atinge apenas os professores. À luz desta indiferenciação verificada quanto à área de especialização, relança-se a discussão para o possível impacto deste enviesamento nas diferentes práticas em contexto escolar.

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Publicado

2021-07-07

Como Citar

Amorim, J., & Rato, J. R. (2021). O mito do ensino por estilos de aprendizagem: Qual a perceção de diferentes profissionais em contexto escolar?. [RMd] RevistaMultidisciplinar, 3(2), 41–47. https://doi.org/10.23882/NE2143