Análise da possibilidade de passar a uma nova etapa
no processo de flexibilização do regime cambial em Marrocos
DOI:
https://doi.org/10.23882/rmd.23131Palavras-chave:
Regime cambial, taxa de câmbio, flexibilidade, MarrocosResumo
Face às profundas alterações estruturais da economia nacional e à sua cada vez maior abertura ao exterior, a transição para um regime cambial mais flexível constitui uma reforma fundamental para o reforço da competitividade da economia, da sua resiliência a choques exógenos e o nível de seu crescimento potencial. No entanto, a transição para uma maior flexibilidade não é isenta de riscos, pois seria acompanhada por entradas maciças de capitais estrangeiros motivadas essencialmente por expectativas de valorização da moeda nacional e do diferencial de taxas de juro. Algo que levaria a uma situação de excesso de liquidez bancária e crescimento excessivo das reservas provocando maiores pressões inflacionistas e aumento das fragilidades financeiras e do risco cambial. O objetivo deste artigo é, portanto, questionar a capacidade da economia marroquina através de seus fundamentos macroeconômicos, seus mercados financeiros e suas instituições, para suportar a transição para uma nova etapa no processo de flexibilização do regime cambial, ou seja, metas de inflação. Os resultados mostram que esta passagem ainda deve esperar, o terreno deve ser mais preparado.
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