O Governo das Sociedades no Contexto da Banca de Seguros:

Uma Análise dos Mecanismos de Controlo Externo

Resumo

A governação é uma área de interesse multifacetada, que atrai a atenção dos meios políticos e académicos a uma escala global. A sua importância, particularmente na economia e na gestão, tem sido cada vez mais enfatizada devido a uma série de escândalos que se repercutiram em vários contextos, realçando frequentemente questões comuns associadas a lutas pelo poder e a interesses contraditórios nas organizações.
A procura de uma governação eficaz exige a implementação de múltiplos mecanismos de controlo para abordar e prevenir os desafios relacionados com o poder nas organizações.
Neste artigo, centramo-nos na governação das empresas que operam no contexto da banca-seguros. De facto, as empresas de banca-seguros são da maior importância para qualquer economia, o que explica o âmbito da nossa investigação, que explora as regras e os mecanismos de governação que regem este sector a nível mundial, bem como a sua manifestação no nosso contexto de investigação.
Uma análise exaustiva do Comité de Basileia de Supervisão Bancária faz parte integrante deste debate. Este comité desempenha um papel central na definição das normas bancárias mundiais e da sua estrutura de governação. Em particular, o artigo destaca a adoção pelo Banco Al-Maghrib das disposições de Basileia III no contexto marroquino e sublinha o papel significativo desempenhado pelo Sistema de Assistência à Classificação das Instituições de Crédito. Além disso, o artigo analisa o papel central da Autoridade de Supervisão dos Seguros e da Previdência Social no sector dos seguros, sublinhando a ligação intrínseca entre solvência e governação. Explora a importância histórica da Solvência I e a sua evolução para a Solvência II, com destaque para o impacto desta diretiva no sector segurador europeu.