Tornar-se professor do 1º Ciclo do Ensino Básico
Um estudo sobre o início da carreira docente
DOI:
https://doi.org/10.23882/MJ1915Palavras-chave:
desenvolvimento profissional, formação contínua, formação inicial, início de carreira, socialização profissionalResumo
Este estudo centra-se nos percursos profissionais de professores do 1° Ciclo do Ensino Básico em início de carreira. Com ele pretendemos investigar as representações de professores recém-formados sobre os seus primeiros anos de exercício letivo; identificar algumas variáveis que podem contribuir para a inserção profissional destes jovens professores; compreender como eles vivenciam o tornar-se professor; e, finalmente, conhecer o grau de compromisso com a carreira docente. O quadro teórico de referência do estudo efetuado assenta numa revisão da literatura sobre a socialização do professor, particularmente do professor em início de carreira; metodologicamente, tem por base um paradigma interpretativo e descritivo, com recurso a abordagens narrativo-biográficas, e o estudo de caso como estratégia investigativa, numa dimensão longitudinal. O artigo estrutura-se em duas partes: (I) revisão da literatura e (II) apresentação da metodologia e das conclusões do estudo realizado. Na revisão da literatura, destacamos estudos sobre o início da carreira, a socialização, ser professor, formação e ciclos de vida profissional. No estudo realizado, destacamos as técnicas, instrumentos e estratégias definidas, para depois apresentarmos as conclusões mais evidentes, no quadro de referência apresentado na primeira parte.
Referências
Alarcão, I., & Roldão M.C. (2008). Supervisão – um contexto de desenvolvimento profissional dos professores. Mangualde: Edições Pedago, Lda.
Alves, F. (1997). A (In)Satisfação dos Professores, Estudo de Opiniões dos Professores do Ensino Secundário do Distrito de Bragança. In M. T. Estrela (Org.). Viver e construir a profissão docente. Porto: Porto Editora.
Arendt, H. (1999). A vida do espírito: Pensar (Vol. I). Lisboa: Instituto Piaget
Bardin, L. (1979). Análise de Conteúdo (5ª ed.). Lisboa: Edições 70.
Bolívar, A. (2007). La identidad profesional del profesorado de secundaria: crisis y reconstrucción. Málaga: Aljibe.
Bronfenbrenner, U. (1979). The ecology of human development. experiments by nature and design. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press.
Burke, P. (1987). Teacher development: Induction, renewal, and redirection. New York: Falmer Press.
Caetano, P. (1997). Dilemas dos professores. In Estrela, M (1997). Viver e construir a profissão docente. (pp 191-221). Porto: Porto Editora.
Copeland, W. D. (1982). Student teacher’s preference for supervisory approach. Journal of Teacher Education, 39(3), 32-36
Day, C. (2001). Desenvolvimento profissional dos professores: os desafios da aprendizagem permanente. Porto: Porto Editora.
Dubar, C. (1997). A socialização: Construção das identidades sociais e profissionais: Porto: Porto Editora.
Eisenhart, M., Behm, L., & Romagnano, L. (1991). Learning to Teach: Develop-ing Expertise or Rite de Passage? Journal of Education for Teaching, 17(1), 51-71.
Esteve, J. M. (1991). Mudanças sociais e função docente. In A. Nóvoa (ed.). Profissão Professor (pp.95-122). Porto: Porto Editora.
Esteves, M. (2009). Construção e desenvolvimento das competências profissionais dos professores. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 8, 37-48. Consultado em [maio, 2010] em http://sisifo.ie.ulisboa.pt/index.php/sisifo/article/view/132
Estrela, M. T. (Org.) (1997). Viver e construir a profissão docente. Porto: Porto Editora.
Formosinho, J. (1987). Fundamentos psicológicos para um modelo desenvolvimentista de formação de professores. Psicologia, 5, 247-257.
Formosinho, J. (2001). A formação prática de professores. Da prática docente na instituição de formação a prática pedagógica nas escolas. In B. Campos (org.). Formação profissional de professores no ensino superior. Porto: Porto Editora.
Formosinho, J. (2009) (coord.). Formação de professores. A aprendizagem profissional e acção docente. Porto: Porto Editora.
Fullan, M., & Hargreaves, A. (2000). A escola como organização aprendente (2ª Edição). Porto Alegre: Artemed.
Fuller, F., & Bown, O.H. (1975). Becoming a Teacher. In k. Ryan (ed.). Teacher Education, 74th Yearbook NSSE (pp. 25-52). Chicago, University of Chicago Press.
Fuller, F. (1969). Concerns of teachers: a developmental conceptualization. Educational Research Journal, 6(2): 207-226.
García, C. M. (1999). Formação de Professores. Para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora.
García, C. M. (2009). Desenvolvimento Profissional Docente: passado e futuro. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 8, 7-22. Consultado em maio, 2010 em http://sisifo.ie.ulisboa.pt/index.php/sisifo/article/view/130
Gohier, C. et al. (2001). La construction identitaire de l’enseignant sur le plan professionel: un processus dynamique et interactif. Revue des Sciences de l’Education, 27(1), 3-32.
Gonçalves, J. A. (1992). A carreira das professoras do ensino primário. In A. Nóvoa. Vidas de professores (pp. 141- 170). Porto: Porto Editora.
Gonçalves, J. A. (2000). Ser professora do 1ºciclo. Uma carreira em análise. Tese de Doutoramento. Universidade de Lisboa: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (policopiado).
Hargreaves, A. (1998). Os professores em tempos de mudança. Alfragide: Editora MacGraw-Hill.
Huberman, M. (1986). Un noveau modèle pour le développement profissionnel des emnseignats. Revue Francaise de Pédagogie, 75, 5-15.
Huberman, M. (1989). La vie des enseignants. Évolution et bilan d’une profession. Neuchatel, Delachaux et Niéstle.
Huberman, M. (1995). O ciclo de vida profissional dos professores. In A. Nóvoa. Vidas de professores (pp. 31-62). Porto: Porto Editora.
Hughes, E. C. (1955). Men and their work. Glencoe: Free Press.
Januário, C. (1992). O pensamento do professor – relação entre as decisões pré-interactivas e os comportamentos interactivos de ensino em educação física. Tese de Doutoramento. Lisboa: Universidade Técnica de Lisboa (policopiado).
Jesus, S. N. (2000). Motivação e Formação de Professores. Coimbra: Quarteto Editora.
Katz, L. G. (1972). Developmental stages of preschool teachers. Elementary School Journal, 73, 50-54.
Lacasa, P. (1994). Aprender en la escuela, aprender en la calle. Madrid: Aprendizage, Visor.
Mertens S. (1982). Teacher centers: Support for professional practice. Journal of Teacher Education, 33(2), 7-12.
Miles, M. B., & Huberman, A. M. (1984). Qualitativeadata Analysis: a sourcebook of new methods. USA: Sage Publications.
Monteiro, A. R. (2008). Qualidade, Profissionalidade e Deontologia na Educação. Porto: Porto Editora.
Morin, E. (1981). O método II – A vida da Vida. Mem Martins: Publicações Europa América.
Morin, E. (1992). As grandes questões do nosso tempo. Lisboa: Editorial Notícias.
Nias, J. (1991). Changing Times, Changing Identities: Grieving for a lost self. In R. Burgess (ed.) Educational Research and Evaluation. London: The Falmer Press.
Nóvoa, A. (1989). Os professores. Quem são? Donde vêm? Para onde vão? (2 vols.). Lisboa: INIC.
Nóvoa, A. (1992a) (ed.). As organizações escolares em análise. Lisboa: Dom Quixote/ Instituto de Inovação Educacional.
Nóvoa, A. (1992b). Os Professores e a sua Formação. Lisboa: Publicações Dom Quixote/Instituto de Inovação Educacional.
Nóvoa, A. (Org.) (1995). Vidas de professores. Lisboa: Porto Editora.
Pacheco. J. A. (1995). O pensamento e acção do professor. Porto: Porto Editora.
Peralta, H., & Rodrigues, Â. (2008). Algumas considerações a propósito da avaliação do desempenho dos professores. Ministério da Educação: DGRHE.
Pereira, M. F. (2001). Transformação educativa e formação contínua de professores: os equívocos e as possibilidades. Lisboa: IIE.
Pineau, G. (1983). Produire sa Vie: Autoformation et Autobiographie. Montréal: Ediligo.
Ponte, J. (1994). O estudo de caso na investigação em Educação Matemática. Quadrante, 3(1), 3-19.
Rodríguez, G., Flores, J. G., & Jiménez, E. G. (1996). Metodología de la Investigación Cualitativa. Málaga: Ed. Aljibe.
Schön, D. (1997). Formar professores como profissionais reflexivos. In: A. Nóvoa. Os Professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote.
Van Der Maren, J. M. (1987). The Interpretation of Data in Qualitative Research. Proceedings of the Symposium of the Association for Qualitative Research. Montréal.
Veemnan, S. (1984). Perceived Problems of Beginning Teachers. Americam Educational Research Association Stable. 54(2), 148-178. http://www.jstor.org/stable/1170301
Villegas-Reimers, E. (2003). Teacher Professional Development: an international review of literature. Paris: UNESCO/International Institute for Educational Planning.
Zabalza, M. (1999). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Porto: ASA.
Zabalza, M. A. (2000). Planificações e desenvolvimento curricular na escola. Porto: ASA.
Zeichner, K. M. (1985). Dialéctica de la socializacion del professor. Revista de Educación, 277, 95-123.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2019 Maria Eugénia Jesus
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.