a coreografia da mão
Resumo
O meu interesse pelo lado performativo das artes vem, pelo menos, desde os ensaios com a banda pop que integrava como baixista. Conceitos como beat, groove, batida, riff, melodia, harmonias vocais, sempre encontraram correspondentes (enquadramento, espessura, textura, gradiente, cor, padrão, velatura) nos meus desenhos. Não é por acaso que falamos de uma “linha de baixo”. Dentro do universo da banda desenhada, por exemplo, considerava o traço como a secção rítmica e a cor como a melodia que voava por cima da estrutura. Fascinava-me sobretudo a possibilidade que os músicos têm de se encontrar e “fazer música”, mesmo sem trocarem impressões prévias. Partindo de uma frase sonora que alguém produz, qualquer pessoa pode acrescentar a sua própria frase, trazendo para a música a sua perspectiva, construindo um lugar sonoro que pertence a todos e que simultaneamente não pertence a ninguém.
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Direitos de Autor (c) 2020 António Jorge Gonçalves
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