A construção dos afetos na pós-modernidade
Uma reflexão sobre os efeitos cognitivos das narrativas digitais no discurso afetivo
DOI:
https://doi.org/10.23882/MJ1909Palavras-chave:
afetos, cognição, media, narrativas digitais, pós-modernidadeResumo
Enquanto no passado, os afetos eram edificados in praesentia, hoje estão a ser construídos in absentia, transfigurando conceitos clássicos como o amor ou a amizade. A tecnologia está, aos poucos, a substituir os signos do real por novos signos digitais, assentes em sentimentos metálicos e incompletos. Vários estudos parecem indicar que somos capazes de interagir com máquinas da mesma forma que interagimos com humanos, eliminando cada vez mais a fronteira entre a bios e a techné, provocando uma «desumanização» no seio das relações sociais. Este ensaio pretende assim refletir sobre os efeitos cognitivos que estas novas narrativas digitais estão a provocar na construção dos discursos afetivos, afigurando novas formas de manifestação de sentimentos e emoções, resultantes do progresso irreversível da pós-modernidade.
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