Quando o escritor se infantiliza
Résumé
Ao contrário do que seria de esperar, só me tornei leitor de literatura infanto-juvenil depois de adulto. Vindo de uma família não ou pouco alfabetizada, estudando em escolas públicas, isso durante o período da ditadura militar (1964-1985), tive que me arranjar sozinho – sem nenhuma orientação – na biblioteca da escola, me dedicando, sem entender muito bem, aos títulos que não eram para minha idade. Esta leitura de clássicos da língua portuguesa talvez tenha produzido em mim um convívio mais intenso com temas inadequados ao menino que fui. Mas, com certeza, me deu instrumentos de linguagem fundamentais para o escritor que eu seria.
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(c) Tous droits réservés Miguel Sanches Neto 2019

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