A Evolução da cultura científica

Do indivíduo à comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23882/MJ2033

Palavras-chave:

ciência e comunidade, cultura científica, divulgação científica, museus e centros de ciência

Resumo

A partir de uma leitura da evolução dos processos de divulgação da ciência e promoção da cultura científica desde as Feiras da Indústria do início da Revolução Industrial, este trabalho propõe que os dispositivos para a promoção pública da cultura científica são parte integrante do desenvolvimento do sistema científico-tecnológico e respondem às suas necessidades de desenvolvimento. Propõe-se ainda que a comunicação pública da Ciência e Tecnologia evoluiu de uma visão tecnicista e unidirecional, numa lógica de disseminação, para um modelo complexo de transferência de conhecimento entre instituições que compõem o tecido social de uma comunidade, num diálogo multidirecional, entendendo a cultura científica como um bem social que requer a reconceptualização das estruturas de divulgação da ciência como agências locais de mediação entre a ciência e as necessidades locais, sociais e produtivas.

Referências

ABCMC. (2009). Centros e museus de ciência do Brasil 2009. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência Casa da Ciência; Centro Cultural de Ciência e Tecnologia da UFRJ; Museu da Vida-Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. 2009. Acedido em https://bit.ly/3dFaOAc

ABCMC. (2015). Centros e Museus de Ciência do Brasil 2015. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência; Casa da Ciência; Centro Cultural de Ciência e Tecnologia da UFRJ; Museu da Vida-Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. 2015. ISBN: 978-85-89229-03-6. Acedido em https://bit.ly/2V6ia9B

Auras, G.M.T. (2004). Manual de Lições de Coisas de Norman Calkins: produzindo professores para tecer a República em Santa Catarina. In: III CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO. Educação Escolar em Perspectiva Histórica. PUCPR- Pontifícia Universidade Católica do Paraná- Sociedade Brasileira de História da Educação. Novembro de 2004. Comunicação 368, eixo 5. Acedido em http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe3/Documentos/Individ/Eixo5/368.pdf.

Bastos, M.H.C. (2013). Método intuitivo e lições de coisas por Ferdinand Buisson. História da Educação [On line] 17(39), 231-253. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S2236-34592013000100013.

BioDiversity4All. (n.d). Acedido em http://www.biodiversity4all.org/.

Bultitude, K. (2011). The Why and How of Science Communication. In P. Rosulek (ed.) Science Communication (1-18). Pilsen: European Commission.

Cachapuz, A., Praia, J., & Jorge, M. (2002). Ciência, educação em ciência e ensino das ciências. colecção Temas de Investigação 26 (Cap.1, pp.21-58.). Lisboa: Ministério da Educação.

Caldas, G. (2010). Divulgação científica e relações de poder. Inf. Inf., Londrina, 15, 31-42. DOI: http://dx.doi.org/10.5433/1981-8920.2010v15n1espp31

Cavalcanti, C.C.B., & Persechini, P.M. (2011). Museus de Ciência e a popularização do conhecimento no Brasil, Field Actions Science Reports [Online], Special Issue 3, Retirado de http://factsreports.revues.org/1085.

CIÊNCIA VIVA. (n.d). Acedido em http://www.cienciaviva.pt/centroscv/rede/.

DeBoer, G. (2000). Scientific Literacy: Another Look at Its Historical and Contemporary Meanings and Its Relationship to Science Education Reform. Journal of .Research in ScienceTeaching, 37(6), 582- 601.

Delicado, A. (2006). Os Museus e a promoção da cultura científica em Portugal. Sociologia, problemas e práticas, (51), 53-72

eENVplus. (n.d). Acedido em http://www.dgterritorio.pt/a_dgt/investigacao/eenvplus/

Ezrabi, Y. (1996). A ciência e a ilusão da fuga à política. In: M. E. Gonçalves (ed). Ciência e democracia (p. 21-29). Lisboa: Bertrand Ed.

Feinstein, N. (2011). Salvaging science literacy. Science Education. 95, 168-185.

Fonseca, T.M.B. (2007). Science Shopping: A participação do visitante na exposição Sentir.com. (Tese Mestrado) Universidade de Aveiro, Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas. Aveiro.

Gaspar, A. (1993). Museus e Centros de Ciências – Conceituação e proposta de um referencial teórico. (Tese de Doutoramento). Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação. São Paulo, Brasil.

Gómez Sierra, F. A. (2013). ¿Quiere cacao…? Un posible renacimiento territorial: protagonismo de la técnica aplicada al cacao en el occidente de Boyacá. (Fundación Universitaria Juan de Castellanos, Colômbia), 11, 52-71. Acedido em https://www.jdc.edu.co/revistas/index.php/Cult_cient/article/view/171

Granado, A., & Malheiros, J. V. (2015). Cultura científica em Portugal: Ferramentas para perceber o mundo e aprender a mudá-lo. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos. ISBN: 978-989-8819-32-1

Gregory, J. (2001). Public understanding of science: lessons from the UK experience. SciDev.Net. 03/12/2001. Acedido em http://www.scidev.net/global/communication/feature/public-understanding-of-science-lessons-from-the.html.

Handfas, E.R., & Valente, M.E.A. (2013). Políticas públicas de C&T e os Museus de Ciência. XIV Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação-ENANCIB 2013, GT 9 – Museu, Patrimônio e Informação, Comunicação Oral. Florianopolis,SC.:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 29 de outubro de 2013 – 1 de novembro de 2013. Acedido em https://bit.ly/3AmZQsR

Hodson, D. (2008). Towards Scientific Literacy. A Teachers’ Guide to the History, Philosophy and Sociology of Science. Rotterdam: Sense Publishers.

Hurd, P.D. (1998). Scientific Literacy: New Minds for a Changing World. Science Education, 82(3), 407-416.

Hurd, P.D. (1970). Scientific enlightement for an age of science. The Science Teacher, 37(1), 13-15.

InLoco. (n.d). Acedido em http://www.in-loco.pt/

Irwin, A., & Wynne, B. (1996). Misunderstanding Science The public reconstruction of science and technology. Cambridge: Cambridge University Press.

ISF-Ingenería sin fronteras. (n.d.). Acedido em https://www.isf.es/

Ladino Díaz, L. (2016). El capital social: Hacia una conceptualización como estrategia de desarrollo local en una comunidad rural. Cultura Cientifica, 14 , 26-33. Acedido em https://bit.ly/3hqblao

Layton, D., Davey, A., & Jenkins, E. (1986). Science for Specific Social Purposes (SSSP): Perspectives on Adult Scientific Literacy. Studies in Science Education. 13(1), 27-52.

Madeira-Bárbara, A. (1979). Subsídios para o estudo da educação em Portugal. Da reforma pombalina à 1ª república. Lisboa: Assírio e Alvim.

Martí, J. (1889a). Escenas norteamericanas, OC, t.12, (pp. 163). La Habana: Editorial de Ciencias Sociales. Acedido em http://www.metro.inter.edu/cai/jose_marti/Vol12.pdf.

Martí, J. (1889b). La Galería de las máquinas. La Edad De Oro, 4, 171. La Habana: Centro de Estudios Martianos; 2014 (3ª reimpresión).

Miller, S. (2001). Public understanding of science at the crossroads. Public Understanding of Science; 10, 115-120. Acedido em http://pus.sagepub.com/cgi/content/abstract/10/1/115.

Monteiro, A.R. (1977). Educação. Acto político (pp.132). Lisboa: Livros Horizonte.

Nuñez Jover, J., Figaredo Curiel, F., & Blanco Godínez, F. (2013). La función social de la ciencia: el papel de la universidad. Revista Universidad de la Habana, 276, 8-14.

OIKOS – Cooperação e Desenvolvimento. (n.d.). CO-INOVAÇÃO em processos agrários para fortalecer a soberania alimentar em Cuba (2011-2014). Acedido em http://www.oikos.pt/pt/o-que-fazemos/vida-sustentavel/projectos-de-vida-sustentavel/item/244-5a25.

Pape-Carpantier, M. (1900). Histoires et leçons de choses pour les enfants. 15 ed.. Paris:Librairie Hachette et Co. Acedido em http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k6578395b.

PUS. (1985). The public understanding of science. London: the Royal Society, (pp. 1-41). ISBN 0 85403 2576. Acedido em https://bit.ly/3qNVdUj

Ruba Jr., P.A. (1982). Scientific literacy: The decision is ours. In: Staver, Jr. (ed) AETS Yearbook. An analysis of the secondary school science curriculum and directions for action in the 1980's. AETS.

Sánchez, J. C. (2018). “Regiones inteligentes, para que a vida florezca. El desafío de una investigación con propósito. Revista Cultura Científica (Fundación Universitaria Juan de Castellanos, Colômbia), 16, 7-11. Acedido em https://www.jdc.edu.co/revistas/index.php/Cult_cient/article/view/529

Schelbauer, A.R. (2006). O método intuitivo e lições de coisas no Brasil do século XIX. In M. Stephanou & M.H.C. Bastos, Histórias e memórias da educação no Brasil. Vol. II – Século XIX (pp. 132-149). Petrópolis: Vozes, 2 ed..

Shen, B.S.P. (1975). Science literacy. American Scientist, 63(3), 265-268.

SMOD - SmartOpenData. (n.d.). Acedido em http://www.smartopendata.eu/

Spencer, H. (1860). Education: Intellectual, Moral, and Physical. New York and London: D. Appleton and Company, (pp. 301). Acedido em http://books.google.pt/books?id=5AAUAAAAYAAJ&printsec=frontcover&hl=pt-PT&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Valente, M.E.A. (2008). Museus de Ciências e Tecnologia no Brasil: uma história da museologia entre as décadas de 1950-1970. (Tese de Doutoramento). Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas. Acedido em http://www.bibliotecadigital.unicamp

Vieira, V., Bianconi, M.L., & Dias, M. (2005). Espaços não-formais de ensino e o currículo de ciências. Ciencia e Cultura, 57(4), 21-23.

Vogt, C., & Morales, A.P. (2016). O discurso dos indicadores de C&T e de percepção de C&T (cap.1). MADRID: Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciência y la Cultura; Los Libros de la Catarata.

VOLUNTARIADO AMBIENTAL PARA A ÁGUA. (n.d.). Acedido em http://voluntariadoambientalagua.apambiente.pt/Site/FrontOffice/default.aspx

Ziman, J. (1992). Not knowing, needing to know, and wanting to know. In B. Lewenstein (ed.) . When Science Meets the Public (cap 2, p. 13-20). Washington,DC: Comittee on Public Understanding of Science and Technology, American Association for Advancement of Science-AAAS. ISBN 087168-440-5.

Downloads

Publicado

2020-11-08

Como Citar

Carmo, J. M. (2020). A Evolução da cultura científica: Do indivíduo à comunidade. [RMd] RevistaMultidisciplinar, 2(2), 31–43. https://doi.org/10.23882/MJ2033