A ausência familiar: uma realidade do mundo atual
DOI :
https://doi.org/10.23882/MJ1919Mots-clés :
ausência familiar, criança, educação de infância, famíliaRésumé
O paradigma atual, no que concerne ao conceito de estabilidade familiar, tem-se modificado nas últimas décadas: atinge-se estabilidade financeira tardiamente; o nascimento dos filhos é, geralmente, adiado; e o tempo passado pelas crianças em instituições educativas tende a ser mais prolongado. Esta constatação conduziu a um forte interesse por perceber a influência de dois agentes essenciais na vida da(s) criança(s): a família e a instituição. Este estudo, de cariz qualitativo, teve o intuito de perceber se as famílias de crianças de uma instituição de cariz pré-escolar têm perceção do tempo que dedicavam, efetivamente, às crianças do seu agregado familiar e se a possível ausência familiar poderá ser recompensada através de bens materiais. Os resultados obtidos indicaram que as famílias têm consciência que a ausência familiar tem aumentado nos últimos tempos e, que, em média, consagram cerca de noventa minutos, por dia, às crianças, mas frequentemente, o tempo que permanecem com elas, nem sempre é representativo de uma envolvência ativa entre família e crianças.
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