Práticas de professores do 1.º ciclo do ensino básico
Contributo do trabalho colaborativo
DOI :
https://doi.org/10.23882/MJ1914Mots-clés :
construção de tarefas, organização e tratamento de dados, práticas profissionais, professores, trabalho colaborativoRésumé
São vários os estudos que incidem sobre as práticas do professor em contexto de trabalho colaborativo, salientando a importância da colaboração entre pares, podendo contribuir para dar resposta a problemas da prática e aumentando a capacidade de reflexão dos professores. Neste artigo discutem-se os contributos do trabalho colaborativo na seleção e preparação de tarefas de organização e tratamento de dados de características investigativas e reflexão sobre a sua implementação. Presta-se particular atenção aos aspetos valorizados pelos professores e aos benefícios que retiram quando se envolvem neste tipo de trabalho. O estudo segue uma metodologia de investigação interpretativa e qualitativa. A recolha de dados tem por base a participação nas sessões de trabalho, com gravação em áudio, complementada com a realização de entrevistas. Os resultados mostram que os professores valorizam a sua participação pelos benefícios recebidos, nomeadamente um melhor conhecimento do tema, organização e tratamento de dados e tarefas de características investigativas, aprendizagens realizadas e reflexão sobre as suas práticas. Salientam igualmente a abertura e respeito mútuo com que decorreu o trabalho, fatores que consideram fundamentais para o estabelecimento de um clima de confiança que os desafiou a experimentar novas situações e correr riscos.
Références
Boavida, A., & Ponte, J. (2002). Investigação Colaborativa: Potencialidades e problemas. GTI (Ed). Refletir e Investigar sobre a prática profissional (pp. 43-55). Lisboa: APM.
Delgado, C. (2013). As práticas do professor e o desenvolvimento do sentido de número: um estudo no 1.º ciclo. (Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa).
Duarte, J. (2012). Práticas de ensino que promovem o pensamento algébrico: um estudo com duas professoras no 7.º ano de escolaridade. In L. Santos (Ed.), Investigação em Educação Matemática (pp. 31-62). Portalegre: SPIEM.
Canavarro, A. P. (2013). Sobre estudos estatísticos: do questionar à recolha de dados. Educação e Matemática, 122, 34-36.
Fielding-Wells, J. (2010). Linking problems, conclusions and evidence: primary students’ early experiences of planning statistical investigations. In C. Reading (Ed.), Proceedings of the Eighth International Conference on Teaching Statistics (pp. 1-6), Ljubljana, Slovenia: ISI and IASE.
Franklin, C., & Garfield, J. (2006). The GAISE Project: Developing statistics education guidelines for grades Pre-K-12 and college courses. In G. Burrill (Ed.), Thinking and reasoning with data and chance (pp. 345-375). Reston, VA: NCTM.
Garfield, J., & Ben-Zvi, D. (2008). Developing students’ statistical reasoning. The Netherlands: Springer.
Guerreiro, A. (2011). Comunicação no ensino-aprendizagem da matemática: práticas no 1.º ciclo do ensino básico. Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa.
Hargreaves, A. (1998). Os professores em tempos de mudança. O trabalho e a cultura dos professores na idade Pós-Moderna. Lisboa: Mc Graw-Hill.
Konold, C., & Higgins, T. (2003). Reasoning about data. In G. Burrill (Ed.), Research Companion to Principles and Standards of School Mathematics (pp. 193-215). Reston, VA: NCTM.
Martins, M. E., & Ponte, J. P. (2010). Organização e tratamento de dados. Lisboa: Ministério da Educação. DGIDC.
Menezes, L. (2004). Investigar para ensinar Matemática: Contributos de um projeto de investigação colaborativa para o desenvolvimento profissional de professores. Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa.
Patton, M. (2002). How to use qualitative methods in evaluation. Sage Publications, Inc.
Rodrigues, A. (2016). Conhecimento e práticas de professores em educação estatística: três estudos de caso no 1.º ciclo num contexto de trabalho colaborativo. (Tese de Doutoramento, Universidade de Lisboa).
Ruthven, K., & Goodchild, S. (2008). Linking research with teaching: Towards synergy of scholarly and craft knowledge. In L. English (Ed.), Handbook of international research in mathematics education (2.ª ed.), (pp. 565-592). New York, NY: Routledge.
Saraiva, M., & Ponte, J. P. (2003). O trabalho colaborativo e o desenvolvimento profissional do professor de Matemática. Quadrante, 12(2), 25-52.
Serrazina, M. L., Canavarro, A. P., Guerreiro, A., Gouveia, M., Rocha, I., & Portela, J. (2005). Programa de Formação Contínua em Matemática para professores dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. Lisboa: DGIDC.
Stake, R. (2007). A arte da investigação com estudos de caso. Lisboa: Fundação Calouste Gulhenkian.
Veia, L. (2013). Condução de tarefas de organização e tratamento de dados no 3.º ano de escolaridade. In Fernandes, J. A., Martinho, M. H., Tinoco, J., & Viseu, F. (Orgs.). Atas do XXIV Seminário de Investigação em Educação Matemática (169-182). Braga: Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Luciano Veia 2019
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale 4.0 International.
